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  • Fonte: SES/RS

    Nos casos leves, na maioria das vezes, os sintomas respiratórios cessam com o ar do tempo e com a própria ação do sistema imunológico. Há, no entanto, situações em que o quadro se agrava, o desconforto fica mais evidente e os sinais de alerta tornam-se preocupantes, indicando a necessidade de buscar ajuda imediata.

    Quais são os sinais de alerta

    Para população em geral

    De acordo com Anne Paola Gallas Duarte, médica da Emergência Clínica do Hospital Mãe de Deus, sintomas como febre e tosse persistente, mal-estar intenso e dificuldade para respirar indicam uma piora clínica do quadro e demandam uma atenção para que não se agrave ainda mais. Assim, é preciso ficar alerta para:

    — De uma forma geral, situações de emergência são aquelas em que a demora no atendimento pode implicar em um pior desfecho. Ou seja, temos pressa para agir. São aqueles casos em que se tu não agir na hora, a pessoa pode evoluir mal — pontua.

    Crianças e adolescentes

    Em crianças e adolescentes, além dos sinais citados anteriormente, também é importante cuidar outros sinais de desconforto respiratório, reforça o médico Regis Assad, membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):

    Conforme o especialista, no caso de crianças menores de seis meses, logo quando elas começam a tossir e a ter febre, o atendimento deve ser procurado o quanto antes. Ele aponta também que menores de dois anos tendem a ficar mais suscetíveis a complicações.

    Idosos

    Os idosos também entram como grupo que deve ter uma atenção especial aos sinais de alerta por terem mais chances de complicações. A médica Marcela de Oliveira Costa Xavier, membro da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), destaca alguns sintomas que merecem um olhar especial por parte das famílias:

    André Ávila / Agencia RBS
    Idosos são considerados do grupo de risco para doenças respiratórias.

    Pessoas com doenças crônicas

    No caso de pessoas com doenças crônicas,  a médica emergencista Maria Camila Lunardi, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), afirma que elas podem apresentar descompensação de sua condição prévia, como diabetes ou cardiopatias, por exemplo. Ou seja, pode ocorrer um agravamento ou deterioração da condição médica já existente.

    — Ter um bom controle da doença crônica também evita quadro graves associados às doenças respiratórias — diz.

    Demais grupos prioritários

    A médica Marcela de Oliveira Costa Xavier afirma que a orientação é que os grupos de riscos, como crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas, transplantados, populações indígenas, entre outros, busquem uma orientação médica em uma unidade básica de saúde (UBSs) antes de um possível agravamento dos sintomas.  

    — Os grupos de risco sem sinal de alarme devem buscar uma avaliação médica, mas não necessariamente na emergência. Eles possuem particularidades de sintomas, e cabe uma consulta médica porque serão situações particulares.

    Como evitar uma emergência

    A orientação dos especialistas consultados pela reportagem é unânime: o mais importante é prevenir as doenças respiratórias. Nesse sentido, a vacinação, os hábitos de higiene e a etiqueta respiratória tornam-se primordiais.

    — Prevenir é a melhor saída. Quando falamos em doenças infecciosas, às vezes, são doenças de difícil tratamento, mas são evitáveis. Ter cuidados de higiene, evitar exposição ao risco e se proteger são pontos cruciais. Todo mundo tem que se vacinar para não só evitar que os casos se agravem, mas para que reduza a transmissão. — declara Maria Camila Lunardi.

    Mas, considerando que a pessoa já esteja doente, o paciente ainda pode evitar que o quadro se agrave

    — Repouso, hidratação, remédio para os sintomas e também tem o tratamento específico, que, se bem indicado, pode diminuir o tempo de sintomas e a chance de agravamento — destaca a médica emergencista Anne Paola.

    Como a ampliação dos atendimentos pode contribuir para o alívio das emergências

    O sistema de saúde de Porto Alegre vem adotando uma série de medidas para reorganizar o atendimento à população, com a ampliação do horário de funcionamento de unidades básicas e de alguns hospitais. 

    Essas medidas são necessárias porque as demandas aumentam muito. O aumento do corpo clínico e dos horários talvez não sejam suficientes para suprir a demanda. Endemias, epidemias exigem essa força tarefa. Ampliar o atendimento é benéfico, isso facilita o o — afirma Maria Camila.

    André Ávila / Agencia RBS
    Emergências operam com superlotação em Porto Alegre.

    Onde buscar emergências em Porto Alegre

    Hospitais

    Hospital Mãe de Deus

    Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    Hospital Restinga e Extremo Sul

    Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre

    Hospital Nossa Senhora da Conceição

    Hospital Criança Conceição

    Hospital Vila Nova

    Hospital Dom Vicente Scherer (Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre)

    Hospital Santo Antônio (Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre)

    Hospital São Lucas da PUCRS

    Hospital Materno Infantil Presidente Vargas

    Hospital Ernesto Dornelles

    Hospital Moinhos de Vento

    Hospital DoctorClin Porto Alegre

    Hospital Divina

    Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)

    Unidade de Pronto Atendimento Bom Jesus

    Unidade de Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul

    Unidade de Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro

    Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar

    Atendimentos particulares

    Pronto Socorro Cruz Azul: Traumatologia e Clínica Médica

    *Produção: Carolina Dill


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